Dados sobre a população idosa no Brasil indicam que a rede hospitalar precisará dar mais atenção aos serviços médicos prestados a esses cidadãos. Segundo pesquisas que foram divulgadas em 2021, existem cerca de 37,7 milhões de idosos no Brasil, o que equivale a 18% da população total. Em 2042, com a tendência mundial de envelhecimento, a população com mais de 60 anos deve chegar a 93 milhões, representando 40,3% da população estimada de 232,5 milhões do país.
À medida que envelhecemos, o corpo humano se torna naturalmente mais suscetível a restrições, sejam elas atividades físicas ou ações que requeiram o uso da memória geral e das funções cognitivas. Devido ao aumento da população idosa, hospitais e redes assistenciais precisam sempre buscar cada vez mais pessoas capacitadas com um Curso de Cuidador de Idosos no currículo. É importante cuidar com os fatores de risco para a saúde do idoso hospitalizado, como, por exemplo, a desnutrição e quedas, e com um profissional treinado isso tende a não acontecer.
Para aprimorar a prática assistencial geriátrica, hospitais vêm desenvolvendo um modelo de sucesso de atendimento ao paciente geriátrico. Pesquisas usam um questionário para classificar todos os pacientes com mais de 60 anos de acordo com o seu nível de fragilidade. Os considerados mais vulneráveis foram encaminhados para um programa liderado por um profissional geriatra e, após uma avaliação multidimensional que identificou risco e vulnerabilidade, foi desenvolvido um plano de tratamento e individual.
As pesquisas representam um cuidado com os resultados promissores, com impacto nas medidas de desfecho clínico. Está sendo testado em cinco hospitais públicos por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS em parceria com o Ministério da Saúde.
A participação do paciente também é essencial para o sucesso do modelo assistencial, visto que suas opiniões e orientações sobre o que fazer são benéficas para o tratamento.
Manter os idosos engajados é o que os mantém ativos e motivados para alcançar seu próprio progresso, além disso, a participação permite que eles tenham um impacto positivo nas questões cognitivas e possam evitar possíveis problemas que estão relacionados com à saúde mental.
Quando se constrói a relação paciente/hospital de forma transparente e correta, aumenta a oportunidade de promover uma grande independência e autonomia no cuidado com os idosos.
No entanto, hospitais e pacientes nem sempre são os únicos que podem contribuir para essa recuperação.
A valorização e a participação de familiares e de profissionais treinados com um Curso Online de cuidador de idos são essenciais.
Além de ajudar a agilizar a alta do paciente, os familiares colaboram na efetivação do processo de enfermagem, pois as pessoas próximas ao idoso entendem sua formação social, as suas necessidades e desejos, proporcionando assim uma sensação de segurança ao idoso. Muito idoso tem que continuar o tratamento de forma domiciliar e isso vai requerer a participação de familiares e de profissionais treinados.
Desafios que são encarados por médicos
Existe uma estimativa que entre 15% a 30% dos idosos internados por quadros clínicos agudos atendem aos critérios para delirium na chegada ao hospital, e entre 20% e 40% do total de idosos hospitalizados apresentaram delirium em algum momento da internação.
Outro problema frequentemente encontrado pelo corpo clínico que cuida de idosos é a mobilidade. Estudos medem a aceleração da marcha destes pacientes mostraram que, durante a hospitalização, os idosos passam em média 70-80% do tempo acamados e apenas 3-5% do tempo em pé ou andando.
Promovendo assim uma perda rápida de massa muscular. Esse fenômeno cria um ciclo vicioso, causando uma perda da massa muscular e, consequentemente, levando à diminuição da força, estabilidade postural e deterioração da marcha, tornando cada vez mais difícil para o indivíduo manter-se ativo, reduzindo gradativamente sua mobilidade.
As quedas também são um desafio para as equipes médicas que têm que tratar de pacientes idosos. Em 5% a 10% dos casos, uma queda pode causar alguns ferimentos graves, como fraturas osteoporóticas ou lesões cerebrais traumáticas. Além das lesões, as quedas repetidas também podem causar medo de andar e aumento da mobilidade.
Importância da atividade física
O aumento da população idosa tem aumentado a importância da atividade física e a melhoria da qualidade de vida dos mesmos. O exercício não é algo que somente beneficia a oxigenação e o fluxo sanguíneo do corpo e do cérebro, ele ajuda na ativação e nos reflexos motores.
A atividade física é muito importante para o envelhecimento saudável da pessoa. A atividade física é uma excelente forma de se beneficiar de todas as habilidades cognitivas e ajudar os idosos a permanecerem acordados, ativos e menos propensos a quedas devido à incapacidade natural.
Para promover um envelhecimento saudável, recomendamos alguns métodos de exercício para os idosos, como caminhadas, ciclismo, musculação, natação, hidroginástica, pilates e ioga. Esses exercícios podem ajudar o sistema circulatório, fortalecendo os músculos, melhorando a capacidade pulmonar e a saúde cardiorrespiratória, controlando assim a pressão arterial, aliviando a dor e o equilíbrio da saúde mental.