A doença de Köhler assusta quando aparece de surpresa: a criança começa a mancar, reclama de dor no meio do pé e evita correr. O nome é estranho, mas a condição é conhecida e tratável. Estamos falando de uma necrose avascular do navicular, um osso pequeno do mediopé.
A boa notícia? Na maioria dos casos, melhora com medidas simples e acompanhamento correto. Se você é pai, mãe ou responsável e notou que o pequeno parou de brincar por dor, este guia vai explicar o que é, como reconhecer e o que fazer para aliviar.
Nos próximos minutos, você vai entender os sinais da doença de Köhler, como o diagnóstico é feito e quais tratamentos realmente funcionam. Vou trazer exemplos práticos, linguagem direta e um passo a passo para usar desde já em casa — sempre com foco em segurança e conforto para a criança.
O que é a doença de Köhler: Necrose Avascular do Osso Navicular?
A doença de Köhler é uma condição benigna e autolimitada que afeta o osso navicular do pé infantil. Em termos simples, é uma fase de sofrimento temporário do osso por redução do fluxo sanguíneo, geralmente ligada a sobrecarga mecânica durante o crescimento.
O navicular é um osso que ossifica mais tarde, então fica mais vulnerável por um período.
Ela é mais comum em crianças entre 4 e 10 anos.Idade mais comum: 4 a 10 anos. Costuma atingir apenas um pé e, apesar do nome assustar, tende a evoluir bem com repouso relativo e suporte adequado.
Sinais e sintomas
O quadro é bem característico. A criança passa a mancar, evita apoiar o pé e se queixa de dor no mediopé, perto do arco plantar. Pode haver leve inchaço e sensibilidade ao toque na região do navicular.
Sintoma típico:dor no mediopé que piora com corrida, salto e longas caminhadas e melhora com repouso.
Exemplo real: seu filho brinca normalmente, mas após um jogo de pega-pega começa a claudicar. No dia seguinte, volta a doer quando tenta correr. Esse padrão de dor mecânica é muito comum na doença de Köhler.
Causas e fatores de risco
A causa exata ainda é discutida, mas sabemos que o navicular infantil é sensível à carga por conta do estágio de ossificação e de um suprimento sanguíneo mais frágil nessa fase. Atividades de impacto, saltos repetidos e calçados muito rígidos podem contribuir para a sobrecarga.
Fatores que podem aumentar o risco: crescimento acelerado, prática esportiva intensa sem descanso, pés com arco alterado (plano ou muito alto) e histórico de dor recorrente no mediopé.
Como é feito o diagnóstico
O diagnóstico começa com uma boa conversa e exame físico. O ortopedista avalia o ponto exato da dor, a marcha e a mobilidade do pé.
Exames de imagem ajudam a confirmar: o raio X pode mostrar esclerose, achatamento ou fragmentação do navicular. Nos estágios iniciais, o raio X pode parecer normal; quando há dúvida, a ressonância magnética detecta alterações precoces do osso e dos tecidos ao redor.
É importante diferenciar de outras causas de dor no pé infantil, como fratura por estresse, doença de Sever (no calcâneo) e osteocondrose de Freiberg (na cabeça do segundo metatarso). Um especialista experiente faz essa distinção com segurança.
Tratamento
Na maioria dos casos, tratamento conservador basta.O objetivo é reduzir a dor, proteger o osso e permitir a recuperação natural.
As principais medidas incluem repouso relativo, ajuste de atividades, gelo e analgésicos simples avaliados pelo médico. Em casos com dor mais intensa, pode ser indicada uma bota imobilizadora por algumas semanas para aliviar a carga no navicular. A fisioterapia ajuda a manter a mobilidade do tornozelo, fortalecer musculatura do pé e melhorar o padrão de marcha.
Cirurgia é raríssima e reservada a casos atípicos ou persistentes, o que não é o padrão da doença de Köhler.
- Cuidados em casa: passo a passo
- Reduza o impacto:pause corridas, saltos e esportes de contato por algumas semanas. Caminhadas curtas e sem dor estão liberadas.
- Gelo programado:15 a 20 minutos, 2 a 3 vezes ao dia, com pano entre a pele e a bolsa de gelo, especialmente após esforço.
- Controle da dor:use analgésicos sugeridos pelo médico da criança. Evite automedicação.
- Imobilização quando indicado:bota ou tala por 3 a 6 semanas nos casos mais dolorosos, conforme prescrição.
- Fisioterapia orientada:exercícios leves de mobilidade do tornozelo, fortalecimento intrínseco do pé e treino de marcha.
- Calçado adequado:tênis com boa absorção de impacto e, se indicado, palmilhas de suporte para distribuir melhor a carga.
- Retorno gradual:reintroduza esportes aos poucos, começando por atividades sem impacto. Dor é o limite.
Prognóstico e retorno às atividades
Prognóstico: excelente. A grande maioria das crianças melhora completamente entre 6 e 18 meses, com alívio progressivo da dor e retorno às atividades normais.
O osso se remodela ao longo do tempo e a função do pé é preservada. O retorno ao esporte deve ser gradual e sem dor, seguindo orientação do ortopedista e do fisioterapeuta.
Quando procurar um especialista
Procure avaliação se a criança mancar por mais de 48 horas, tiver dor moderada a forte ao pisar, ou se houver inchaço persistente. Diagnóstico precoce encurta o tempo de dor e evita compensações na marcha.
Como referência de atendimento especializado no Brasil, é comum ver a COE Ortopedia citada por pais e pacientes em Goiânia, pela atuação integrada em ortopedia, fisioterapia e até acupuntura. A equipe é frequentemente lembrada entre os ortopedistas em Goiânia mais bem avaliados, o que reforça a busca por profissionais com experiência em condições do pé infantil como a doença de Köhler.
Perguntas rápidas
A doença de Köhler deixa sequelas?Geralmente não. Com manejo correto, a dor cessa e a função se normaliza.
É preciso parar totalmente as atividades?Não sempre. Ajuste de carga e, quando necessário, imobilização temporária bastam.
O que piora a dor?Saltos, corridas e calçados duros. Prefira tênis com amortecimento.
Conclusão
Se você identificou dor no mediopé, marcha alterada e sensibilidade no arco, vale investigar a doença de Köhler. Com diagnóstico clínico, imagem quando necessário e cuidados simples — redução de impacto, gelo, calçado adequado e fisioterapia — a recuperação tende a ser completa.
Observe os sinais, siga o passo a passo e, se a dor persistir, agende uma avaliação. Comece hoje a aplicar as dicas e ajude a criança a voltar a brincar sem dor, com segurança e confiança frente à doença de Köhler.
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